sexta-feira, novembro 5

Deputado solicita apuração do MP sobre razões de renúncia de Gilson Moura

A decisão repentina do deputado Gilson Moura (PV) de renunciar a seu mandato na Assembleia Legislativa tem gerado polêmica nos corredores da Casa. Desconfiado, o deputado Nelter Queiroz (PMDB) solicitou ao Ministério Público que apure as razões da renúncia e disse que vai sugerir aos demais parlamentares que só permitam a posse do substituto de Gilson, o ex-vereador Sargento Siqueira (PV), após a apuração do órgão fiscalizador. O peemedebista insinuou ainda que a renúncia pode ter sido moeda de troca por votos.

O deputado Nelter disse que não viu nenhuma razão lógica para a decisão de Gilson e ficou preocupado. "Enquanto parlamentar e cidadão, quero saber o que aconteceu. Como parlamentar, devo cobrar essa resposta para que a sociedade saiba as verdadeiras razões. Em todo meu tempo como deputado, nunca vi uma coisa dessas. Achei muito estranho e quero que o Ministério Público apure isso. Por mim, o suplente da coligação não deveria tomar posse, enquanto essa história não for esclarecida", declarou.

Sargento Siqueira por sua vez, afirmou que Nelter tem todo direito de achar o que quiser, mas que ele agiu de forma precipitada por não conhecer os fatos. "Não houve acordo algum e as pessoas precisam respeitar a decisão de Gilson Moura", declarou. Ao negar qualquer acordo entre os dois, o ex-vereador disse que fez parte de uma coligação e obteve quase 15 mil votos, ajudando a eleger os deputados Paulo Davim, Gilson Moura e Luiz Almir.

O ex-vereador ratificou as declarações de Gilson Moura sobre as razões para o afastamento e disse que o parlamentar irá cuidar da irmã, que passará por um tratamento de câncer. "Recebi o comunicado essa semana e para mim também foi uma surpresa", afirmou. Quando questionado sobre o possível adiamento da sentença da Operação Impacto (na qual é um dos réus), em virtude do foro privilegiado, característica inerente ao cargo de deputado, Siqueira disse que, assim como a sociedade, os réus têm interesse que a situação se resolva.

"Só vou pensar em voltar a disputar um cargo eletivo após uma sentença", declarou. Sobre o que pretende fazer em sua curta atuação legislativa - pouco mais de um mês, já que ficará ausente no período do recesso da Casa, Siqueira disse que dará uma atenção especial a implantação do Código de Ética da Polícia Militar. "Será uma oportunidade para a PM, pois o último policial que teve um mandato como deputado foi há 40 anos. Serei o primeiro praça a assumir esse cargo", declarou.



Fonte :DNonline

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