quarta-feira, fevereiro 16

Lei que dá 'licença para matar' médicos que abortam gera polêmica


Um legislador de Dakota do Sul propôs classificar como "homicídio justificável" o assassinato em defesa do feto, algo que os favoráveis ao aborto definem como "licença para matar" aos médicos que praticam abortos, informaram nesta quarta-feira meios locais.
Phil Jensen, promotor da proposta de lei e legislador republicano na Câmara estatal, explicou que sua intenção é estender a legislação no âmbito da "defesa própria".
"Digamos que um ex-namorado é pai de um bebê e não quer pagar pensão à mãe do filho pelos próximos 18 anos, e bate em sua mulher para que ela não tenha o bebê. Se ela o mata estaria justificado. Está defendendo-se do assassinato de seu futuro filho", afirmou.
Jensen disse que procura com a proposta dar consistência às leis do estado, que permitem o assassinato em defesa própria.
A legisladora democrata por Dakota do Sul, Peggy Gibson, no entanto, criticou duramente a proposta de Jensen.
"Se a lei for aprovada, na teoria iria permitir que qualquer familiar de mulher grávida tem autorização para matar quem faça o aborto nela. É uma licença para matar médicos que fazem abortos", indicou Gibson.
Para Jensen, a lei não envolveria a suposta "licença para matar" já que o aborto é uma prática legal, por isso que não poderia ser aplicado a esta suposição.
As pessoas favoráveis ao aborto lembram que esta desculpa foi utilizada por Scott Roeder, um ativista radical que disparou no médico George Tiller em uma igreja do Kansas em 2009, quem justificou argumentando que estava protegendo a vida das crianças por nascer.
Gibson assinalou que, se aprovar a proposta, levaria a "Dakota do Sul de volta à idade das cavernas".
Da Agência EFE

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