quarta-feira, julho 11

Gianecchini revela recomendação estranha para tratamento de sua doença

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações de O Fuxico
 
O ator Reynaldo Gianecchini foi o convidado especial do Programa do Jô, da Globo, gravado na tarde dessa terça-feira (10), na TV Globo São Paulo, e contou tudo sobre sua luta para combater um raro linfoma não-hodgkin que foi diagnosticado, em meados de agosto do ano passado. O ator explicou que o tratamento acabou, inclusive a quimioterapia, mas continua fazendo acompanhamento médico para o controle da imunidade.

Baixa imunidade

"O negócio da medula é complicado, tenho imunidade mas não os anticorpos, igual a um bebê. Comecei a gravar a nova novela do Silvio [de Abreu, Guerra dos Sexos] e passei no médico que falou para eu maneirar porque a imunidade tinha baixado. É claro que eu vejo a vida de outra maneira porque é muito profundo. Você se deparar com a morte é muito maluco! Em algum momento da vida a gente tem de lidar com isso. Sou muito jovem e pensei: 'é agora?'. A gente vive como se a morte fosse longe, só com os outros. O presente tem outro sentido quando você pensa que vai morrer e tem de ser vivido com mais intensidade. Tem de buscar um sentido para tudo, um sentido para se relacionar, então é muito bacana. Foi tão profundo que foi um aprendizado para a vida."

O ator também contou que teve de ficar um certo período em total isolamento, cerca de três semanas, devido ao autotransplante de medula que passou. Ele disse que a quimioterapia era muito forte e explicou que o processo mata a medula para troca por outra sadia.

"Separam-se as boas e tomam-se de volta. Você fica muito debilitado e quando a medula morre você e fica muito debilitado. Minha mãe ficava comigo e era o processo mais difícil que tinha. Fica uns 5 dias muito fragilizado e mexido fisicamente. Não podia entrar ninguém para visitar. Tem dia que não dá para levantar... Quando passou vi que eu estava lá, fortão!"

Livro contará a sua história

Giane também revelou que está prestes a começar a escrever um livro narrando toda sua luta contra a doença para dar forças a quem precisa. Ele falou que já havia recebido vários convites para fazer a obra e que achou este o melhor momento.

"Vai sair o livro, deixei de viajar para começar a ser realizado. Vai ser escrito pelo Guilherme Fiuza, o mesmo que escreveu Meu Nome Não É Johnny. Recebi várias propostas e comecei a realizar se era realmente interessante. Todo mundo me falava na rua sobre casos em casa e achei que poderia ter algo social. Comecei a receber várias propostas de medicinas e crenças alternativas. Teve até cura por ETs, que  foi a mais inusitada. Eu tinha de olhar para um gráfico amarelo e uma energia vinha sobre a minha cabeça... eu dava uma olhadinha e eu sou fácil de acreditar."

Agora o ator está de volta ao trabalho e já começou a gravar as primeiras cenas de seu personagem em Guerra dos Sexos, de Silvio de Abreu. Ele salientou que está num ritmo alucinante, mas arrumaram dois dublês para ele para não cansá-lo.

"Voltei com muita vontade. Dispensei os dublês. Meu personagem é muito ativo. Voltei fazendo tudo, foi muito bom voltar. No teatro foi linda minha volta e foi emocionante. Chorei e não consegui segurar. Logo que eu pude, já voltei para os palcos. Os médicos e enfermeiros estavam lá. Não consegui não chorar. Foi lindo! Foi espontâneo."

Mudança de visual

Gianecchini teve de raspar a cabeça logo que começou o tratamento contra o linfoma, já que os cabelos iriam cair. Ele explicou que não teve problemas em cortar e que achou bem interessante o novo visual.

"Raspar não foi problema. Quando raspei, voltei lá atrás e lembrei da Carol Dieckmann e fiquei assistindo a cena [da novela Laços de Família]. Foi muito emocionante e chorei muito. Achei tão maluco e lembrei muito da Carol e liguei para ela contando que estava fazendo a cena. Não chorei e fiquei amarradão", contou ele que agora que está mostrando madeixas enroladinhas e grisalhas.

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