segunda-feira, abril 18

Alunos retomam nesta segunda as aulas na escola que foi palco do massacre no RJ


Com leitura, pintura, montagem e diversas outras atividades culturais, as aulas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo (RJ), serão retomadas hoje, apenas para alunos do nono ano — a ideia é que todos os 1.110 estudantes possam ser recebidos a partir de amanhã. No local, onde 12 crianças morreram baleadas por Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, no último 7 de abril, o retorno dos estudantes deverá ocorrer com o suporte de atividades lúdicas elaboradas por uma equipe de especialistas da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. “Não temos uma previsão de quando as aulas com conteúdos da grade tradicional irão recomeçar. Precisamos checar o tempo necessário para os alunos. Os professores também vão participar das atividades, porque também precisam ser observados”, disse o diretor da escola, Luis Marduk.
Marduk informou ainda que a volta às aulas não contará com a presença de artistas. A intenção é que o retorno seja mais focado nos próprios estudantes, e não em atrações alheias ao ambiente escolar. Além da atenção redobrada às condições psicológicas, uma transformação visual da escola já teve início, com a intenção de apagar marcas da tragédia e receber os alunos em um ambiente transformado. Cerca de 150 voluntários, incluindo ex-alunos e professores, se encontraram no sábado, pintaram o muro externo de branco, cantaram o hino da instituição e deram um abraço simbólico no prédio. Os presentes ainda conversaram sobre a criação de uma associação de ex-alunos. “O ambiente está sendo preparado para receber os estudantes. Toda a escola está sendo pintada e o mobiliário foi trocado. Queremos minimizar o sentimento de trauma e qualquer lembrança do ataque”, disse Marduk.

Para dar apoio psicológico às famílias, as secretarias municipais de Assistência Social e de Saúde e Defesa Civil estão visitando as residências dos familiares desde o ocorrido — mais de 600 profissionais estão envolvidos na força-tarefa, em equipes formadas por psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros. O trabalho continuará por tempo indeterminado. A prefeitura da capital fluminense já confirmou que vai pagar indenização às famílias das crianças assassinadas. 
Do Correio Braziliense

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