Foi condenado a 82 anos e oito meses de prisão Arquimedes de Abreu Filho, de 50 anos, acusado de roubar e estuprar oito mulheres, a maioria dentistas, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A decisão, que está sujeita a recurso, é do juiz da 4ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, Milton Lívio Lemos Salles. A pena deverá ser cumprida inicialmente no regime fechado. Ele deve ficar preso até a apreciação do recurso.
Durante audiência na Justiça, ele confessou apenas o crime praticado contra uma vítima. Contra as demais, ele afirmou apenas que roubou as vítimas. O depoimento contradisse o que Abreu tinha dito à polícia durante a fase do inquérito policial, quando ele confessou ser o autor de todos os crimes.
Na audiência de instrução, realizada em setembro, foram ouvidas dez testemunhas, sete vítimas e o acusado. As vítimas e as testemunhas confirmaram a denúncia. A oitava vítima foi ouvida por carta precatória
Segundo A Polícia Militar (PM), Arquimedes foi detido em Justinópolis, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, após invadir um condomínio e tentar enforcar uma mulher.
Para entrar no prédio, Arquimedes se fez passar por um inquilino interessado em um dos apartamentos do imóvel.Ao abrir o portão, a moradora foi atacada. Ela levou uma gravata e foi ameaçada de morte, caso gritasse. Mesmo assim, pediu socorro. Um policial que estava de folga, mas armado ouviu os gritos e resolveu ajudar. O militar entrou no prédio e, apesar de também ser ameaçado, enquadrou o criminoso. Arquimedes foi reconhecido pelos crimes cometidos, confessou as ações e acabou detido.
De acordo com a polícia, Arquimedes teria violentado as vítimas entre os dias 30 de março e 9 de abril nos bairros Gutierrez, Barroca e Prado, na região oeste da capital mineira. Ele marcava consulta com as profissionais no último horário da agenda, para que ficasse sozinho com elas. De acordo com a polícia, o suspeito é dono de uma extensa ficha criminal com acusações de assaltos, furtos e estelionato. Ele também é acusado de outros dois estupros fora de Belo Horizonte, em Venda Nova e Lavras.
O suspeito foi identificado pelo circuito interno de TV do consultório de uma das vítimas. Segundo a delegada Claudia Maria Saad, ele sempre praticava os crimes com muita violência.
- Em todos os casos ele deu uma gravata na vítima antes de iniciar a ação - diz a delegada.
O Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais chegou a alertar as dentistas sobre o maníaco, através de uma nota.
Da Agência O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário