segunda-feira, dezembro 6

Lula diz que deixa Presidência com sensação do dever cumprido

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, durante assinatura de convênios com prefeitos e governadores para obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC2), que deixa o cargo com a sensação do dever cumprido. O presidente afirmou que tinha medo de um segundo mandato, mas, para ele, esses quatro anos finais foram uma bênção. Lula também disse que a determinação de fazer seu sucessor era, para ele, parte de seu programa de governo.
- Deixo a Presidência da República com a sensação do dever cumprido. A vida inteira tive de provar muitas coisas e uma dessas coisas é que era possível governar este país melhor do que tinha sido governado - declarou.
Ele disse que seu segundo mandato foi melhor do que o primeiro porque, em sua opinião, fez mais do que no exercício anterior.
- O segundo mandato, que eu tinha medo, para mim foi uma bênção - hoje eu agradeço a Deus ter tido o segundo mandato porque a gente pôde fazer muito mais. Acho que nunca na vida as pessoas que trabalham neste governo trabalharam tanto - afirmou, lembrando que, quando era torneiro mecânico, tinha horário para entrar e sair, além de folga nos fins de semana e de poder tomar "umas canas" na hora do almoço sem ser incomodado.
- Aqui eu não tenho horário para entrar, não tenho horário para sair e não posso tomar as canas - observou.
De acordo com Lula, ele deixa o governo numa situação privilegiada porque conseguiu realizar um de seus objetivos, que foi eleger sua sucessora.
- Eu disse desde o começo do meu segundo mandato. Fazer a sucessão faz parte do meu programa de governo. Fazer a sucessão significa a gente garantir que tenha continuidade.
Como tem dito frequentemente, Lula informou que, mesmo fora da Presidência, continuará fazendo política. E anunciou que em 2012, durante a eleição para prefeitos, deve atuar mais explicitamente.
- Não se esqueçam que eu vou continuar fazendo política. Tem eleição para prefeito em 2012 e certamente eu vou estar andando por aí.
O presidente disse que fez um governo republicano, não discriminando nenhum mandatário que não seja de sua base de apoio, e afirmou que não há nenhum motivo para que não gostem dele.
- Tenho a plena convicção, mesmo para aqueles que não gostam de mim - e não há nenhuma razão para não gostar, porque eu gosto deles, nenhuma razão. Mesmo para aqueles que, por qualquer coisa, não gostem (de mim), eu duvido que já teve na República brasileira um presidente que tratasse os prefeitos com o carinho que tratamos. E também os governadores.
Da Agência O Globo

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