quinta-feira, dezembro 9

Centro histórico de Natal é patrimônio cultural do Brasil

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou, em reunião nesta quinta-feira (9), a proposta de tombamento do Centro Histórico de Natal, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan.
O pedido de tombamento se deve ao fato de que parte da história social, econômica, política e urbana da capital potiguar pode ser contada por meio de seu centro histórico, que mescla uma malha urbana colonial com um conjunto arquitetônico de todas as épocas, mas em que o século XX deixou a sua maior marca.
Apesar das intervenções contemporâneas incorporadas ao longo dos anos, a área que deu início à cidade ainda conserva conjuntos de edifícios e bairros com suficiente representatividade histórica, justificando sua preservação como patrimônio cultural brasileiro.
O Iphan propõe o tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade de Natal, englobando a Cidade Alta e parte do bairro da Ribeira, reforçando a importância histórica e paisagística do rio Potengi para a cidade e o fato de que ele ainda representa importante papel no transporte de mercadorias e pessoas.
O Conselho, que avalia os processos de tombamento e registro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus - Ibram e da sociedade civil.
Além do Centro Histórico de Natal, a pauta da reunião do Conselho Consultivo inclui a proposta de registro como Patrimônio Cultural da Festa de Sant'Ana do Caicó.
A Festa de Sant'Ana, no município de Caicó, ocorre há mais de 260 anos e reúne diversos rituais religiosos, profanos e outras manifestações culturais. A festa está enraizada na história de Caicó, remontando a formação da sociedade brasileira no período da colonização. Ocorre todos os anos, entre a quinta-feira anterior ao dia 26 de julho, dia de Sant'Ana, até o domingo seguinte. Os dias da comemoração incorporam outras manifestações culturais, com destaque para a produção das comidas típicas e a confecção do artesanato sertanejo, como os bordados do Seridó, que chegaram à região pelas mulheres dos colonizadores portugueses.
A Festa pode se tornar a quarta manifestação cultural a ser inscrita do Livro das Celebrações como Patrimônio Cultural do Brasil. A primeira celebração registrada foi o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, em outubro de 2004. A segunda, foi a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, em Goiás, em maio de 2010, e a terceira, o ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe, do Mato Grosso, em novembro deste ano.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural fica reunido até amanhã (10) no Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro, para concluir a análise de outras candidaturas na pauta de discussão.
Da Agência RN

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