A exemplo do que ocorreu em setembro, a folha de pagamentos da Previdência Social de novembro dará um salto. Normalmente, as despesas mensais do INSS com o desembolso dos benefícios superam R$ 20 bilhões. Um pouco menos da metade disso custará o 13º salário, uma vez que nem todos os segurados recebem a gratificação. Não tem direito a esse pagamento adicional, por exemplo, quem recebe o benefício assistencial da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), que é bancado pelo Tesouro Nacional, mas pago pelo INSS.
Já é a quinta vez que a Previdência paga antecipadamente, em duas etapas, o 13º salário dos segurados. A primeira vez foi em 2006 e resultou do acordo firmado entre o governo e as entidades representativas de aposentados e pensionistas. O acordo estabeleceu antecipação até 2010. A continuidade dessa política será decidida pelo próximo governo.
Dinheiro extra
Com tanto dinheiro à vista, o consumidor deve ter cuidado. Especialistas recomendam que uma parte do 13º salário seja usada para pagar dívidas ou até mesmo fazer uma pequena poupança. “É importante que o consumidor esteja atento, principalmente aquele que está pagando juros altos por ter utilizado o cheque especial ou o cartão de crédito, e reserve uma parte do 13º para o pagamento das dívidas”, disse o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Roberto Vertamatti.
O executivo defende que, mesmo diante da tentação do consumo, uma outra parte do 13º seja separada para os gastos que sempre comprometem o orçamento familiar no início do ano, como o pagamento de diversos tributos (IPVA e IPTU, por exemplo), além de materiais escolares e matrículas. “Se o consumidor já tem uma pequena poupança ou uma aplicação em previdência privada, seria oportuno guardar um valor um pouco maior para aumentar essas reservas ainda este ano. Se ainda não tem nenhuma dessas aplicações, o momento é agora para começar a poupar”, aconselhou Vertamatti.
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