quinta-feira, novembro 11

Composto encontrado no pimentão pode reduzir déficit de memória

Pesquisa que vem sendo realizada na Universidade de Illinois, EUA, está investigando a alimentação rica em luteolina – um composto vegetal encontrado em pimentões, cenouras, salsão, azeite, alecrim, hortelã e camomila. Até agora, os cientistas descobriram que esses alimentos podem ajudar na redução da inflamação no cérebro relacionada ao envelhecimento. Desta maneira, uma dieta nutritiva pode inibir a liberação de moléculas que danificam o órgão, impedindo a evolução de déficits de memória.

Após analisarem os efeitos da luteolina em um rato em processo de envelhecimento, os pesquisadores estão dando ênfase na observação de microglias, células imunitárias especializadas que se localizam no cérebro e medula espinhal. Uma infecção estimula a microglia a produzir moléculas sinalizadoras, as citocinas, que por sua vez induzem uma série de mudanças químicas no cérebro. Algumas dessas moléculas, no entanto, induzem um “comportamento doentio”, como sonolência, perda de apetite, déficit de memória e comportamentos depressivos. Do mesmo modo, inflamações no cérebro parecem ser um fator-chave no desenvolvimento de problemas de memória associados à idade.

“Anteriormente, nós descobrimos que, durante o envelhecimento normal, as células de microglia tornaram-se desreguladas, produzindo níveis excessivos de citocinas inflamatórias”, explica Rodney Johnson, responsável pelo estudo. “Acreditamos que isso contribui para o envelhecimento cognitivo e atua como fator predisponente para o desenvolvimento de doenças degenerativas”.

A pesquisa demonstra que células de microglia expostas a uma toxina bacteriana (que induz a produção de citocinas inflamatórias, que podem matar os neurônios) não prejudicam o cérebro, se antes forem expostas a luteolina. “Os neurônios sobreviveram, porque a luteolina inibe a produção de mediadores inflamatórios neurotóxicos”, ressalta Johnson.

Verde, vermelho e amarelo, qual a diferença?

O pimentão é um vegetal pobre em calorias (apenas 20 calorias por 100 gramas), carboidratos, gorduras e proteínas, mas pode apresentar em sua composição: cálcio, fósforo, ferro e sódio.

A diferença entre as colorações é que o pimentão verde é rico em vitamina C, enquanto o vermelho e o amarelo são ricos em vitamina A. Na hora da compra, devem ser selecionados os que estiverem limpos (sem machucados), firmes e com a casca brilhante, indicando que estão frescos.

Pimentões são utilizados na culinária em saladas, carnes e molhos, porém são de mais fácil digestão quando consumidos cozidos do que quando crus. Os frutos maduros são utilizados para a produção de páprica (pimentão em pó).

Do Portal Uai

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